Sobre esse espaço
Escrever sempre foi uma das minhas maiores paixões. Lembro-me bem de um dia, quando criança, a professora perguntar a todos na escola o que eles queriam ser quando crescerem. Um por um, os meninos respondiam: “jogador de futebol!”
Na minha vez, falei: “Escritor….”. Um tanto hesitante e tímido, adicionei apressadamente: “…e jogador de futebol!”
O sonho forçado de jogar bola nunca se concretizou, e a vida me levou para outros caminhos. No entanto, o desejo de escrever permaneceu, e nos últimos anos, se acentuou.
Quis o destino que eu ganhasse a vida com outro tipo de escrita: a de linhas de código. Embora fascinado pela habilidade de instruir o computador, faltava uma dose de poesia, a oportunidade de escrever sobre o que gosto.
E o que seria isso? Você entenderá facilmente. Literatura clássica, livros de política, economia, religião. Sendo católico, me interessam os trabalhos dos escolásticos, da patrística, e para dar exemplos mais recentes, dos incríveis Chesterton e Tolkien.
A verdade é que pretendo construir aqui um trabalho perene. Essa é uma das principais belezas da escrita. No mundo da tecnologia, tudo se desintegra muito rápido. Aqui quero deixar algo que perdure.
Por que escrever?
Acredito firmemente no poder elucidativo da escrita. É justamente quando forçamos as ideias que flutuam desordenadas em nossa mente pelo filtro da escrita que identificamos buracos, falhas, inconsistências.
Assim, escrever é, para mim, uma forma de autorreflexão. De por a prova o que acho que sei, e identificar o que me falta. Não pretendo aqui escrever linhas imutáveis, sentenças divinas, mas busco ser honesto comigo e com os outros.
Não me interessa se mudar de opinião e há apenas um dono da Verdade – e este não sou eu. Mas espero que nessa humilde tentativa eu me aproxime, ainda que lentamente, de uma maior compreensão do que existe à minha volta.
